quinta-feira, 5 de setembro de 2013

PROPOSTA DOS LOUCOS NA AUDIÊNCIA PUBLICA!

Vim falar sobre o protagonismo dos usuários do sistema de saúde mental e o Controle social. Não podemos falar do protagonismo do usuário sem falar, da participação democrática do cidadão e a organização do Trabalhador na Sociedade. Infelizmente na mesa não temos nenhum usuário do serviço de saúde mental. ( A Sensibilidade da Nobre Vereadora Juliana corrigiu esta falta ao convocar o Carlos presidente da Rede Eco Sol e Usuário do Sistema de Saúde Para a Mesa).
Não podemos mais permitir que o mercado dite o atendimento e as políticas de saúde. Da mesma forma não podemos permitir que as metas econômicas, particularmente as de superavit primário, ditem as relações de trabalho, a política educacional, as construções habitacionais ou os investimentos assistenciais. Não é com a desregulamentação dos direitos trabalhistas e previdenciários que conseguiremos competitividade. Mas sim com a cooperação, a auto gestão ou ao menos a participação na gestão das empresas por parte do trabalhador. Devemos criar condições para que as cooperativas autenticas* sejam favorecidas e tributaria e economicamente.(1)
Neste contexto faz-se necessário que os pacientes psiquiátricos “abro parentes ( uso este termo pois não vejo função em separar a luta de um e de outro pois na hora de sermos amarrados e tomarmos um sossega leão nos Manicômios não há nenhuma distinção entre viciados ou loucos) fecho parentes” façam-se representados e opinem sobre os rumos de cada unidade de saúde e a condução de seu tratamento.
É fundamental que cada CAPS, CECCOS ou Unidade Básica de saúde tenha o seu controle social com participação efetiva dos usuários, principalmente de quem tem transtorno mental e/ou faz uso abusivo de psicotrópicos na gestão da política publica e na construção do Sistema Único de Saúde.(2)
A política geral de trabalho e renda deve ser profissionalizada e qualificada e não mera laborterapia para nós os Loucos. Devemos ter o mesmo apoio que a micro e pequena empresa tem. Deveríamos termos um órgão de apoio tal como o SEBRAE é para as pequenas e microempresas. Que seguisse não a lógica do Mercado mas Os princípios e as necessidades das Cooperativas Populares. (3)
Quem tem transtorno mental só terá saúde com trabalho digno que o sustente integralmente (4) e uma moradia própria e definitiva (5) e não meramente provisória, ofertando-lhes desta forma liberdade e tranquilidade para o futuro. Sem estas coisas quem pode ter saúde?
Leis devem ser criadas para garantir estes direitos a esta população que historicamente sofre tortura e alienação. Tanto em manicômios privados, como públicos ou mais recentemente nas ditas comunidades terapêuticas onde estamos sendo internados compulsoriamente. (6)
Temos que ter políticas publicas afirmativas e compensatórias assim como estão sendo criadas para a população negra, a indígena, os idosos, os deficientes físicos ou a população de rua. Estes hoje são protagonista de sua história política e cultural. Quando quem tem transtorno mental também será cidadão? (6)
Devemos iniciar a elaboração de um Estatuto da Pessoa com Transtorno Mental(6) , que vossas excelências parlamentares possam ser nossa voz e levar estas discussões e propostas ao Congresso Nacional.
Somente com nossa organização é que podemos garantir a efetivação de nossos direitos e sermos respeitados como cidadãos.
Elaborado por Paulo de Tarso Witkowski Frangetto em 4 de Setembro de 2013 e Apresentado na Audiência Publica no Salão Nobre da Camará de Vereadores de São Paulo das 13 às 15 horas.
APENDECE
* Cooperativa Autentica é aquela que segue integralmente os princípios do cooperativismo acordados internacionalmente e previstos na Lei do cooperativismo brasileiro condição processaria para fazer parte da Organização Internacional do Cooperativismo.


RESUMO E Explicação DAS PROPOSTAS
1) Favorecer Tributariamente e Economicamente as Cooperativas Autenticas e Populares (Tal como prevê a Constituição da Republica).
2) Garantir o controle social dos usuários do sistema de saudê mental e que estes tenham direito a informação e decidir qual o melhor tratamento a que estes tenham direito.
3) Criação de um órgão orientador, promotor de educação, capacitador de gerentes e técnicos para esta especificidade de trabalhador e empreendimento autogestionário que não se oriente pela logica do mercado, mas promova ações e conhecimento para reverter esta lógica ao competir com as Empresas que seguem esta lógica.
4) Politicas Publicas que garantam renda minima a quem tem transtorno mental, por meio de trabalho, beneficio ou Imposto negativo
5) Criação de Politicas publicas que garantam moradia digna e definitiva a quem tem Transtorno Mental. Como cota nas unidades construídas.

6) Leis que garantam o respeito e a dignidade da pessoa com transtorno mental, criação de um grupo de estudos para a elaboração de uma proposta de Estatuto da Pessoa com Transtorno Mental, tal como foi iniciado no Ministério dos Direitos Humanos.


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